
Uma explosão destruiu as paredes de um dos prédios de uma usina nuclear japonesa neste sábado, um dia depois de um terremoto seguido de tsunami ter devastado o país. Imagens de TV mostravam grande quantidade de fumaça saindo da usina de Fukushima 1, onde quatro trabalhadores ficaram feridos. Pouco depois, a imprensa local informou que as autoridades ampliaram a zona de isolamento de 10 km para 20 km em torno de Fukushima 1.
Antes da explosão deste sábado, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, informou sobre o vazamento de "quantidades mínimas de radiação" na usina de Fukushima, segundo a agência local Kyodo.
Ainda não há dados sobre a causa da explosão. A Tokyo Power Electric Co., responsável pela usina, confirmou o número de feridos mas não deu mais informações. Segundo a agência Associated Press, não está claro se o prédio atingido abriga o reator nuclear. O porta-voz do governo, Yukio Edano, disse que ainda está sendo analisado o que "está por trás dessa explosão".
Na sexta-feira, após o terremoto, o sistema de resfriamento de reatores falhou em duas usinas. Com isso, o governo declarou estado de emergência em cinco unidades de reatores - dois na planta Fukushima 1 e três na vizinha Fukushima 2. As cinco instalações fecharam depois do grande tremor.
Sob a lei japonesa, uma emergência deve ser declarada se um sistema de resfriamento falha. No total, o país tem 55 reatores fornecendo cerca de um terço da eletricidade do país. Segundo um especialista brasileiro, o risco de contaminação ambiental ainda é pequeno.
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Nas centrais nucleares de Fukushima 1 e 2, localizadas a cerca de 250 quilômetros de Tóquio, as autoridades liberaram vapor radioativo para reduzir a pressão excessiva nos reatores.
A radioatividade registrada na sala de controle de um reator da central de Fukushima 1 atingiu um nível mil vezes superior ao normal, após os problemas de refrigeração provocados pelo terremoto.
Fukushima 2 também é centro de uma área de isolamento, de 3 km de raio, decretada pelas autoridades para afastar a população. As duas centrais nucleares estão separadas por 12 km.
Maior tremor da história do Japão
O terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu a costa nordeste do Japão e provocou um tsunami em cidades na região norte. De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), trata-se do maior tremor já registrado no Japão e o 7° maior da história mundial.
Até hoje, o mais forte terremoto do Japão tinha acontecido em 1933. Com 8,1 graus de magnitude, o tremor atingiu a região metropolitana de Tóquio e matou mais de 3 mil pessoas.
Os tremores de terra são comuns no Japão, um dos países com mais atividades sísmicas do mundo, já que está localizado no chamado "anel de fogo do Pacífico".
O país é atingido por cerca de 20% de todos os terremotos de magnitude superior a 6 que acontecem em todo o planeta.
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